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Mulher: Que reflexo você vê no espelho?!

Mulher: Que reflexo você vê no espelho?!

Mulher: Que reflexo você vê no espelho?!

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Quero hoje fazer uma releitura dos posts que fiz em 2015 e 2016 sobre o dia da mulher.

Estamos nos aproximando de mais uma comemoração e acredito que é preciso consolidar os olhares que trouxe aqui e ali e com o que penso agora.

O Dia da Mulher foi instituído para homenagear os diversos movimentos daquelas que se posicionaram e brigaram por várias causas e não apenas por aquelas que morreram no tal incêndio.
Cuidado com o que tentam lhe convencer. Leia aí como foi que definiram o dia da mulher.
Mas… li em 2016 uma matéria sobre uma mulher que estava sendo perseguida em redes sociais porque declarou que detestava ser mãe. Ela precisou até tirar o perfil do ar. Corajosa ela.
Vi em seu depoimento um pouco do que eu mesma vivi quando tive minha primeira filha e compreendi seu desabafo.
Os hormônios, as horas de pouco sono, as emoções de ter um ser que depende de você 24 horas por dia quando é bebê, a responsabilidade de educar(para sempre), o medo de que algo de ruim ocorra…nossa. É muito desgaste para qualquer SER HUMANO.
Mas a mulher não pode falar né gente?! Tem que aguentar CALADA.

Conheço mulheres que batem no peito e dizem que aceitam o seu papel de mãe, blá, blá, blá, mas na primeira necessidade de serem acolhedoras e compreensivas (como qualquer ser humano deve ser), julgam ou ainda condenam os filhos porque eles não fazem do jeito que elas acham melhor.

Mãe

Gosto muito do posicionamento da Lya Luft quanto a este assunto. Se puderem leiam mais sobre ela. Ajuda muito a ver que não estamos sozinhas.
Rezo aqui e agora para que nos libertemos do roteiro que escreveram para nós.

Que nossos testemunhos não sirvam ao booling de nós mesmas.

Que estes desabafos sirvam a conscientização e conhecimento para quem está a frente. Que possamos avaliar tudo isso antes de assumirmos papéis que não temos nenhuma inclinação ou aptidão.

Que respeitemos nossos desejos e limites.

Há muita cobrança a respeito do papel da mulher: que temos que ser fortes, vitoriosas, poderosas.
Mas se a nossa escolha não é sermos heroínas que assumem a responsabilidade dos 3 turnos caladas, que tenhamos direito ao grito, e que não sejamos vistas como menores, as “desertoras” simplesmente por não engolir a insatisfação.

Que possamos decidir por querermos ou não sermos mães, profissionais da iniciativa privada, liberais, do lar, atletas, voluntárias, missionárias.

Que se nossas experiências não nos fizeram felizes que possamos declarar nossa frustração sem sermos recriminadas ou julgadas, principalmente por nós mesmas.

Todas nós quando assumimos responsabilidades certamente tentamos fazer o nosso melhor, mas pode ser pouco para ficar excelente e a sociedade não está disposta a pegar leve na “qualidade” de nossas entregas. 
Devemos no entanto estarmos prevenidas com relação aos discursos demagogos que podem advir desse posicionamento e que saibamos exatamente como nos posicionar se alguém desejar nos atribuir culpa sobre nossas escolhas e sentimentos.

Aí sim, teremos motivos para comemorar o “dia da mulher”, fazendo valer nossos posicionamentos e defendendo os nossos direitos: direitos inclusive de não querer exercê-los.

Ademais, quando nasci a mulher já havia conquistado o direito ao voto há mais de 31 anos.

Minha mãe já era motorista habilitada na década de 70 e pasmem, dirigia melhor que meu pai.

Fui educada sobre preceitos de caráter que estão acima das leis civis. Ajo pelo que é certo e não espero que a lei me surpreenda.

Fui preparada pra ter profissão, me manter financeiramente e ser reconhecida pela qualidade daquilo que entrego, e ainda optei pela área de tecnologia da informação quando este ambiente era dominado pelos homens. Mas decidi mudar e agora sigo no caminho da educação porque é nela que há alguma esperança de levar entendimento sobre o respeito aos outros e a si mesmo.

Casei por amor e dividi minha vida com um homem que sabe cozinhar e cuidou mais das crianças do que eu mesma.

Eduquei a geração saúde: meus filhos hoje adultos são responsáveis, éticos, gostam de estudar, não bebem, não usam drogas e mantém-se amigos leais.

Tenho novas relações  que me ajudam a enxergar minhas infinitas possibilidades. Críticas respeitosas e elogios verdadeiros que fazem de mim uma pessoa em processo de renovação todo o tempo.

Minha diarista em São Paulo se chamava Maria e com que amor ela cuidou da minha casa…talvez com mais capricho do que ela pôde colocar na própria. Maria é minha amiga do whats e no facebook, e sempre temos um pensamento positivo quando pensamos uma na outra, mesmo não nos vendo toda semana, já que agora moro em Jundiaí.

Tenho amigas pra confidenciar os meus segredos, minhas alegrias e frustrações. Estas assistiram o tempo passar junto comigo, meu amadurecimento e minhas eternas criancices para algumas coisas. Elas me perdoam sempre. Temos divergências mas nos respeitamos…porque enxergamos mais qualidades do que defeitos uma na outra.

Me mantenho estudando pois a vida ainda tem muito a ensinar. Sempre.

Faço as unhas, pinto os cabelos,me maqueio, vou ao bar com os amigos, vejo bons filmes na web ou no netflix (sozinha ou acompanhada), enfim, me mantenho tão feliz por fora quanto sou por dentro.

Persigo meus sonhos e de outras pessoas que me cercam, mesmo que ainda haja quem acredite que é tarde demais para isto ou que o outro não mereça o meu tempo. A vida se incumbe de trazer aquilo que merecemos.

Que possamos, em qualquer tempo, nos olhar no espelho e em nosso reflexo reconhecer a mulher contemporânea que fomos e que somos, fazendo o que acharmos melhor segundo o que acreditamos, seguindo os nossos valores e respeitando o mesmo direito daqueles ou daquelas que nos cercarem.

Que não tenhamos idolatria e nem desejemos ser heroínas esgotadas pelas cobranças pessoais…e também não lamentemos a nossa sorte, fazendo papel de coitadinha. A vida já é complicada por si, não precisamos potencializar as dificuldades e nem causar pena dos outros para encontrarmos o nosso valor.

Que não esqueçamos acima de tudo da nossa feminilidade e que, vez em quando, deixemos que as decisões e  escolhas sejam do(s) outro(os); que gentilezas na abertura de uma porta, no puxar de uma cadeira, no pagamento de uma conta no restaurante nos relembrem que isso não significa fraqueza mas generosidade e atenção na nossa direção… amolecendo os nossos corações e permitindo que nossa sensibilidade possa emergir de onde a escondemos nas batalhas da vida.

Feliz dia da mulher para aquela que você deixa refletir no espelho.

Pós-Graduada em Coaching e Liderança pela UNIFACCAMP; Graduada em Gestão Empresarial e Tecnologia da Informação; Consultora de Resultados White Belt pela Falconi; Consultora de Processos de Negócios e Tecnologia da Informação; Coach e Mentora Profissional (foco corporativo e carreira); Analista Comportamental Disc Etalent; Oradora Profissional pelo Instituto Reinaldo Polito; Help Desk Manager pelo Help Desk Institute; Itil Foundation pela Alumni; Docente e Escritora.

Comments (6)

  1. Tolle Bilder! Noch schöne Tage! LG aus Freiburg

    1. Neila Cristina Franco abr 5, 2017

      Vielen dank für ihren kommentar. Guten Morgen zu dir! Bis später!

  2. A round of applause for your article.Thanks Again. Much obliged.

    1. Neila Cristina Franco out 2, 2017

      very happy for your words !!!

  3. Google

    Usually posts some extremely interesting stuff like this. If you are new to this site.

    1. Neila Cristina Franco out 15, 2020

      thank you so much

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