Páscoa: da astrologia ao coelhinho

É Páscoa.

Gosto de entender comemorações e os significados delas.

Principalmente por causa daquilo que assisto no apelo comercial de que alguns se aproveitam.

Quando começou o ano de 2017 li muito sobre ele também.

2017 Para a numerologia é o ano do recomeço.

Este será um novo ciclo. 2 + 0 + 1 + 7 = 10 = 1 + 0 = 1.
A energia do número 1 favorece os começos, os novos projetos, os novos relacionamentos, as iniciativas individuais, a ação, o dinamismo, a criação em todas as suas vertentes.

Indica a possibilidade de seguir um rumo certo na vida, ter o controle das situações e enfrentar os obstáculos e desafios.

Mas, é também um tempo de mostrar responsabilidade e não apenas vontade de fazer.

É tempo de prestar atenção às oportunidades e às possibilidades de renovação.

No horóscopo Chinês é o ano do Galo.

A energia do Galo deve ser aproveitada para dar um novo impulso à vida e sair da estagnação, mas com diplomacia, bom-senso e praticidade.

Na astrologia entramos no ciclo de Saturno.

Saturno é conhecido como o senhor do Tempo (ou Karma).

Este é o planeta que representa o tempo, a lentidão, o amadurecimento.

Que nos obriga a aprender as lições que são necessárias ao nosso crescimento espiritual, à nossa evolução enquanto almas.

Uma renovação e retomada de valores.

Tá… mas e a Páscoa?

Vamos deixar uma coisa clara: a Páscoa já era celebrada antes de Jesus.

Naquela época ela anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. Leia aqui um pouco dessa história.

A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, representava a transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro. O Brasil, embora no hemisfério sul acompanha o período do hemisfério norte.

Enquanto para o Judaísmo Pessach representa a libertação(da escravidão) do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Jesus (que supostamente aconteceu na Pessach).

O julgamento de Jesus foi acelerado para ocorrer antes do período da páscoa pois se ela chegasse eles não poderiam realizá-lo. Culminou na sua crucificação na sexta feira (que depois foi nomeada de “santa”) que antecedeu a Páscoa dos judeus.

Mas e o Ovo e o Coelho de Páscoa?

Na Idade Média nesta época do ano, homenageava-se Ostera ou Esther – em inglês, Easter que quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera.

Ela equivale na mitologia grega a Persephone. Na mitologia romana a Ceres.

Sua imagem segura um ovo em uma das mãos e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés.

Mas a tradição do Coelho da Páscoa foi trazida para a América por imigrantes alemães em meados de 1700.

O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos de galinha coloridos (pintados a mão) que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos.

Ah…os alemães!!!

No ano passado uma rede supermercados alemã chamada Netto fez um comercial com uma animação muito graciosa sobre o casamento de uma galinha com o coelho.

Ela brinca com a origem do coelhinho desde o casamento de seus pais, o bullying que ele teria sofrido na escola ao botar seus ovos coloridos e o refúgio no mundo dos humanos. Assista.

Minha família alimentou uma composição disso tudo e muitas gerações de crianças tiveram ovos de chocolate embrulhadas com papéis coloridos (uma perdição até hoje) em ninhos fabricados por elas mesmas.

Para nós o tal coelho colocava ovinhos menores (também embrulhados em papel alumínio colorido) criando trilhas pelos corredores da casa, como pistas que morriam num comodo vazio ou que revelavam a cesta gigante com ovos de chocolate para TODOS.

Os coelhos (em diversas culturas) são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida, que traz boas novas e melhores dias, segundo suas tradições.

No final das contas, a páscoa é mais um rito de povos antigos, assimilado pela Igreja Cristã.

Ela mistura desde venerações à natureza (como no caso da Lua ou do Equinócio, tipicamente pagãs), figuras da mitologia, significados do judaísmo, símbolos celtas e fenícios, lendas, a passagem de Jesus criando depois o próprio Cristianismo, numa verdadeira “colcha de retalhos”.

MORAL DA HISTÓRIA

Gosto de pensar nos significados da “passagem ou libertação das trevas para a luz” e “prenúncio de boas novas” como a verdadeira reflexão causada pelo período de páscoa (e também deste ano de 2017 como vimos acima).

Independente da origem multidões, segundo suas crenças, peregrinam para pedir ou agradecer.

Outros aproveitam para viajar e renovar suas energias.

Visitam a família, avós, pais, filhos, tios e primos, amigos de infância ….buscando seus laços mais fortes para ganhar e renovar suas forças para continuar.

Comprando ovos de chocolate ou pintando ovos de galinha para presentear quem amam, dizem-lhes e desejam-lhes que “a vida lhe seja doce” ou “feliz, alegre” como as cores utilizadas por suas embalagens ou tintas coloridas.

Seja lá qual for sua crença : reflita.

Liberte-se do que não lhe é necessário.

Crie um novo significado para sua vida, mais relevante, mais humano.

Faça valer sua criatividade e seus talentos e bom feriado!