Coaching com Jesus : O que queres que eu te faça?

Fui educada na igreja católica. Meu pai muito rigoroso exigia que todos(meus irmãos e eu) fossemos à missa aos domingos. Hoje eu o entendo, embora não concorde com o método, acredito que tentava nos mostrar através da religião e daquele ritual que não há “salvação” sem que nós façamos a nossa parte. Ir à missa significava pra nós um compromisso com Deus mesmo quando tudo vai bem. Um momento que nós dedicávamos a entender o que era certo e errado, independente de nossos pedidos ou aflições. Lições aprendidas nas homilias dominicais.

Mas há uma outra lição deixada. Não por meu pai, mas por Jesus que quero falar um pouco aqui. É sabido que muitos fiéis clamam a misericórdia divina quando seus problemas lhe acometem e nos tempos de Jesus não era diferente. Cientes de que Ele realizava milagres, as pessoas vinham pedir : misericórdia, misericórdia! 

 Mas Jesus sempre indagava: O que queres que eu te faça?

Jesus perguntava, sábio que era,  porque nem sempre aquilo que parecia ser preciso é o que o pedinte queria ganhar. Ele colocava a pergunta para que eles objetivassem aquilo que desejavam.

Para a maior parte das pessoas esta é uma lição em exercício….para mim também. 

Ainda não aprendemos que não devemos ” tirar uma solução da cartola” ou trazer “ajuda com aquilo que supomos ser o que o outro precisa”, pois o querer do outro pode estar bem longe do que possamos imaginar ou pressupor.

Gastamos grande parte da nossa energia com a preocupação com o outro, mas ele mesmo não está dedicado a isto. Não é sua prioridade.

 Algumas pessoas não tem propósito, nem meta, nem  alvo…estão por aí aguardando que haja uma forma divina que “dê um jeito para elas” ou quem se preocupe por elas.

 Então penso como Jesus faria: Pergunte o que o outro quer e só se você puder ou achar que o que ela quer é justo ou não lhe prejudica, você atende. Mas só se você achar justo dedicar seu tempo e sua energia, em detrimento de seus objetivos e compromissos.

Este me parece um bom começo para praticar a generosidade com todos, mas principalmente com você mesmo. Não espere gratidão, isso é com Deus lá no “acerto das contas” como dizia meu pai.

Lição a ser aprendida:

 

O nosso discernimento deve estar entre o certo e o errado;  a prioridade dada para cada coisa; na grau de generosidade com quem precisa de fato, e por último na forma como respeitamos quem faz o que for preciso por nós. Isto permitirá: a consciência tranquila, a boa energia que a própria vida tratará de devolver, a independência e a dignidade para seguir em frente.