fbpx

SOU COACH, NÃO SOU TERAPÊUTA!

SOU COACH, NÃO SOU TERAPÊUTA!

SOU COACH, NÃO SOU TERAPÊUTA!

Total de visitas: 4.080

SOU COACH, NÃO SOU TERAPÊUTA!

Não fiz minha formação no IBC. É lamentável o que IBC e Globo fizeram. Vergonha alheia! Se você não sabe o que ocorreu, leia.

Uma das primeiras lições que aprendi em minha formação foi o que é e o que não é coaching. Coaching não é terapia.

Em minha turma haviam psicólogas, já atuantes, buscando conhecer o coaching como uma ferramenta para apoio aos seus processos, entre outras profissionais da área de RH e etc.

Como eu, no desenvolvimento de competências comportamentais como foco, persistência, determinação, disciplina e etc; as psicoterapêutas foram conhecer outras formas de apoiar seus clientes na sua linha de atuação (e conhecimento) caso entendessem apropriado.

Uma psicóloga pode ser também uma coach, mas uma coach não pode ser uma psicóloga.

Não pode porque não estudou a mente humana e não poderá portanto garantir que saberá suportá-lo em suas lembranças, traumas e tristezas. É temerário que alguns profissionais o façam sem o devido conhecimento. Quem pode visitar o passado e ficar lá questionando sentimento e emoções são psicólogos.

Atendo processos de coaching há 3 anos e em todos os casos, uma das primeiras perguntas que faço é se o cliente está em tratamento terapêutico.

Se ele diz que sim, então seu médico precisará autorizar formalmente que ele possa passar pelo processo após entender a linha em que atuo. Em alguns casos o terapeuta autorizou, em outras não. 

Já atendi também clientes que não estavam em tratamento mas trouxeram questões pessoais relacionadas ao seu passado (que não tinham sido questionadas) que evidenciaram extrema fragilidade e muita tristeza.

Isso fez com que eu interrompesse o processo, orientando-os a procurar um psicólogo ou psiquiatra. Forneci indicação de profissionais da minha relação que poderiam atendê-los.

Noutro dia uma amiga me perguntou: “Suas sessões de coaching SEMPRE fazem o cliente chorar?!”. Eu respondi: – Não, de forma alguma, por quê?, e ela: “Estranho, minha mãe está fazendo e vem de lá acabada de tanto chorar e disse que a coach pegou pesado”.

Ora, numa sessão de coaching ou outra pode ocorrer do cliente se emocionar pelas lembranças que podem vir, mas rapidamente deve voltar ao propósito que é fortalecer as pessoas ao encontro das metas que quer alcançar. Este é o foco em que atuo: Metas, disciplina e motivação para alcança-las.

Se está sempre chorando, à mim o que indica é que o processo está fazendo com que sofra e não se fortaleça. Então, deveria ir para a terapia.

Utilizo o coaching como uma das ferramentas nos processos de desenvolvimento de competências comportamentais como as que citei acima.

A linha em que atuo não olha para questões emocionais/psicológicas. Falo de comportamento, de disciplina, de persistência, de planejamento, de confiança em si mesmo. O olhar do cliente é levado para o futuro, para suas metas e objetivos. Não para o passado.

Ele é apoiado no planejamento de metas, para alcance dos seus resultados e mudança de hábitos(procrastinação e etc). Aplico ferramentas da administração, dos cursos que fiz sobre gestão de tempo, produtividade e gestão para resultados, além daquelas que aprendi em minha pós graduação em coaching, claro.

O cliente pode até confundir-se sobre o que ele vai buscar ou precisa quando entra num escritório de coaching. Há tanta bobagem sendo feita e dita por aí que ele se torna uma vítima disso tudo.

Por ele eventualmente não saber, é do coach a responsabilidade de explicar-lhe o que é o processo e limitar-se ao seu conhecimento, formação acadêmica e profissional, em respeito a saúde emocional de seus clientes, devendo orientá-lo em qual o melhor caminho para a necessidade dele. 

Termino aqui declarando meu respeito e admiração aos profissionais da psicologia, e lamentando por isso ter atingido um canal de comunicação que fala com tantas pessoas, e que despreza tantos profissionais do coaching e da psicologia, que levam seu trabalho com seriedade e respeito às pessoas. 

Pós-Graduada em Coaching e Liderança pela UNIFACCAMP; Graduada em Gestão Empresarial e Tecnologia da Informação; Consultora de Resultados White Belt pela Falconi; Consultora de Processos de Negócios e Tecnologia da Informação; Coach e Mentora Profissional (foco corporativo e carreira); Analista Comportamental Disc Etalent; Oradora Profissional pelo Instituto Reinaldo Polito; Help Desk Manager pelo Help Desk Institute; Itil Foundation pela Alumni; Docente e Escritora.

No Comments

  1. Neusa Maria Moreira fev 8, 2018

    Parabéns, Neila! Excelente texto.

    1. Neila Cristina Franco mar 27, 2018

      Obrigada Neusa! É preciso seriedade quando falamos da vida das pessoas!

Deixa uma mensagem

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Related Posts

S.O.S.

S.O.S.

SOS é um conto de autoria anônima que fala sobre o valor da maturidade e…Leia Mais

Enter your keyword